domingo, 7 de março de 2010

Síntese do filme Espelho D'água

O filme Espelho D'água traz o suntuoso e misterioso rio que atravessa cinco estados do Brasil como cenário e personagem principal de um fluxo de histórias narradas em tom de fábula que ligam ficção e documentário, passado e presente, superstições e realidade. Um percurso emocionante pela paisagem e pela história de águas encantadas mas também ameaçadas por vários tipos de perigos.


MEMORIAL

Sou Sueide Maciel de Queiroz nasci em Central-Ba no dia 17/07/88 mas morei lá durante pouco tempo. Comecei a estudar aos 7 anos de idade numa escolinha particular próximo a minha casa em Irecê, claro a linguagem já fazia parte da minha há muito tempo de várias formas, visual, gestual, verbalizada. Aos 10 anos de idade comecei a frequentar a igreja evangélica onde tinha várias formas de linguagem. Lá eu comecei a cantar e dançar, coisas que na verdade faço até hoje e confesso que é minha linguagem favorita,onde me sinto mais à vontade.
As imagens também falam muito e como desenho também desde cedo, me identifico com a forma de linguagem visual. Acredito que os profesores podem usar diversos tipos de linguagens para melhorar suas aulas, de forma que as deixe mais atrativas aos alunos, porque o q normalmente acontece, é que as aulas se tornam chatas e monótonas, o que acaba deixando os alunos dispersos assim atrapalhando o rendimento deles.
Enfim, o que concluo com essa disciplina, é que as linguagens além de ter uma grande importância para nosso processo de aprendizado, ainda pode nos ajudar a compreender muitas outras questões que compreendia antes da Universidade.

ETIQUETA (Carlos Drummond de Andrade)

Eu, etiqueta


Em minha calça está grudado um nome

Que não é meu de batismo ou de cartório

Um nome... estranho


Meu blusão traz lembrete de bebida


Que jamais pus na boca, nessa vida,


Em minha camiseta, a marca de cigarro


Que não fumo, até hoje não fumei.


Minhas meias falam de produtos


Que nunca experimentei


Mas são comunicados a meus pés.


Meu tênis é proclama colorido


De alguma coisa não provada


Por este provador de longa idade.


Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,


Minha gravata e cinto e escova e pente,


Meu copo, minha xícara,


Minha toalha de banho e sabonete,


Meu isso, meu aquilo.


Desde a cabeça ao bico dos sapatos,


São mensagens,


Letras falantes,


Gritos visuais,


Ordens de uso, abuso, reincidências.


Costume, hábito, premência,


Indispensabilidade,


E fazem de mim homem-anúncio itinerante,


Escravo da matéria anunciada.


Estou, estou na moda.


É duro andar na moda, ainda que a moda


Seja negar minha identidade,


Trocá-lo por mil, açambarcando


Todas as marcas registradas,


Todos os logotipos do mercado.


Com que inocência demito-me de ser


Eu que antes era e me sabia


Tão diverso de outros, tão mim mesmo,


Ser pensante sentinte e solitário


Com outros seres diversos e conscientes


De sua humana, invencível condição.


Agora sou anúncio


Ora vulgar ora bizarro.


Em língua nacional ou em qualquer língua


(Qualquer, principalmente.)


E nisto me comprazo, tiro glória


De minha anulação.


Não sou - vê lá - anúncio contratado.


Eu é que mimosamente pago


Para anunciar, para vender


Em bares festas praias pérgulas piscinas,


E bem à vista exibo esta etiqueta


Global no corpo que desiste


De ser veste e sandália de uma essência


Tão viva, independente,


Que moda ou suborno algum a compromete.


Onde terei jogado fora


meu gosto e capacidade de escolher,


Minhas idiossincrasias tão pessoais,


Tão minhas que no rosto se espelhavam


E cada gesto, cada olhar,


Cada vinco da roupa


Sou gravado de forma universal,


Saio da estamparia, não de casa,


Da vitrine me tiram, recolocam,


Objeto pulsante mas objeto


Que se oferece como signo de outros


Objetos estáticos, tarifados.


Por me ostentar assim, tão orgulhoso


De ser não eu, mar artigo industrial,


Peço que meu nome retifiquem.


Já não me convém o título de homem.


Meu nome noco é Coisa.


Eu sou a Coisa, coisamente.






(Carlos Drummond de Andrade)

AULA DO DIA 14/10/09

No dia 14/10 não houve aula na sala porque houve uma palestra e apresentações das ações e projetos do CAPS que foi feita pela professora Maria da Conceição, que falou sobre a tamática Componentes Curricular - Educação Especial.
Após todos os esclarecimentos acerca do tema, podemos perceber que de perto ninguém é normal, podendo perceber a importância da linguagem artística aliada a linguagem cientíca.

AULA DO DIA 07/10/09

O profesor Mácio nos orientou a produzir nosso MEMORIAL do blog,onde cada aluno deverá criar um perfil relacionado às suas vivências com as linguagens. Ele ainda nos sugeriu a leitura do poema TRADUZIR-SE de Ferreira Goulart e aletra da música METEADE de Oswaldo Montenegro.


METADE (Owaldo Montenegro)


Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que dstante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada

Porque metade de mim é amor

E a outra metade também.


TRADUZIR-SE (ferreira Gullar)

Uma parte de mim é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim é permanente:
outra parte se sabe de repente.
Uma parte de mim é só vertigem:
outra parte, linguagem.
Traduzir-se uma parte na outra parte
- que é uma questão de vida ou morte - será arte?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O filme Divã, protagonizado por Lília Cabral, conta a história de uma mulher quarentona que revê a vida sob a ótica da Psicanálise e, não hesita em trair o consorte em nome de sua insatisfação interior pelo malogrado casamento com homem que, na sua essencialidade, representa, psicanaliticamente, nada mais do que um reflexo da figura paterna. Dá-nos a entender, no enredo fílmico, que a esposa casou-se buscando no marido a mesma proteção dada pelo pai: buscava um colo para nele sentar-se tal qual uma tomada de câmera nos revela numa certa cena do filme, instante em que a menina perde a mãe e é acariciada pelo co-autor da prole – um chorão por natureza própria. Contudo, o que está em xeque na produção cinematográfica com característica das novelas da Rede Globo de Televisão com seu tom pastelão – o humor previsível – é menos a questão do adultério do que o problema do existencialismo com sua sobrecarga de rotina – a maldita relação marcada pela mesmice nos relacionamentos diários. Como quase toda produção com ares de novela – narração, usualmente curta, ordenada e completa, de fatos humanos fictícios, mas em regra, verossímeis. Além da protagonista há uma constelação ao lado dela: o marido Gustavo (interpretado por José Mayer: que possui uma suposta amante – objeto de desconfiança de Mercedes), a amiga Mônica (vivida por Alexandra Richter), além de Theo (Reynaldo Gianecchini: fonte inesgotável de fantasias de qualquer psicanalista didata... ) e Murilo (Cauã Reymond), que interpretam os paqueras de Mercedes. A narrativa que os une ajuda a dar um tom singelo à produção. Mercedes procura, inicialmente, um psicanalista, simplesmente, por mero acaso, uma curiosidade, porém, esta experiência acaba por mudar o rumo de sua existência porque a partir deste instante, o casamento, sua realização profissional e seu poder de sedução são colocados à prova: a harmonia dá lugar à desarmonia e transforma-se em um autêntico caos – comportamento praticamente imprevisível exibido em sistemas que têm evolução temporal extremamente sensível a variações em suas condições iniciais. Dir-se-ia a partir do caos no casamento: adeus moralidades, adeus monogamia casamenteira, adeus primeiro amor, adeus marido, adeus pudor. Após perder a resistência diante do psicanalista – sua figura em um espelho – Mercedes revela-lhe suas fantasias erótico-mentais hollywoodianas, seus amores platônicos com Mel Gibson.  Em nome da fugacidade do casamento Mercedes realiza todos os extravios e mesmo todas as monstruosidades que podem ser feitas em seu nome: abandona o marido, comporta-se como uma moça no auge de sua libido; mas não adiante: as rugas no rosto – sinais da plástica que ela não fez – e as dores na coluna denunciam flagrantemente sua vã interpretação: não existem adultos sob a forma de miniaturas... Pode-se dizer que a análise que ela faz não cura nada – apenas mudam um pouco do essencial porque esta prática é teoria em ato, materializada no dispositivo analítico e nos processos que ele condiciona. Sua compulsão – o ato realizado  – e sua obsessão – o ato pensado se completam: finalmente a heroína torna-se livre, leve e solta para dar vazão às suas instabilidades interiores e passa a beber na fonte original do desejo: o livre-arbítrio – capacidade imorredoura e individual de autodeterminação. O filme Divã exibe, em visão psicanalítica, apresenta uma relação de perdas e ganhos. Tendo tido alta dos serviços psicanalíticos (um ganho) a protagonista perde sua melhor amiga: talvez a cena mais comovedora da narrativa pastelão onde o tom de um riso forjado dá lugar ao de choro (a perda). Após a perda retorna ao divã de Freud para recuperar a autoconfiança perdida: e consegue – ao final da narrativa liberta-se, finalmente, de seus demônios interiores e aprende a lidar sozinha com as próprias emoções. É dentro desta segunda perspectiva que ela consegue a alta dos serviços de análise, após obter esse efeito de mudança – que é sua razão de ser que se fundamenta na individualidade que dela se beneficia, permitindo à própria personagem esclarecer os motivos inconscientes próprios de si mesma. Em uma visão da dialética freudiana, pode-se dizer que em relação à mudança, seu efeito não deixou de ser provocado e não parou de se estender, ainda que a maior parte daqueles que participam disso não o saiba. Esse é o essencial que muda. É o aprés-coup – o a posteriori – conhecimento ou idéia resultante de experiência ou que dela resulta. Conclusivamente, o filme Divã, é um prato cheio para o divã de Freud e para nós, aspirantes à psicanalista, a película cinematográfica nos ensina que a Psicanálise encontrou a moral em sua rota e, do exterior e quase apesar dela, perturbou seus fundamentos e ponto de não poderem mais ser pensados como antes; é nisso que sua ação pode ser da ordem da ciência, e não da Filosofia, como bem afirma Claude Le Guen em A dialética freudiana – prática do método psicanalítico

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Linguagem-Sistema de Signos

Na aula do dia 30/09/09, o professor nos levou uma discussão sobre signos, onde ele falou sobre os signos ícone, símbolo e índice. Nos trouxe também o questionamento: o que é linguagem? Segundo ele linguagem é comunicação, representação, função e um sitema de signos, que é o que foi citado anteriormente.A aula foi bem clara e as explicações bem compreendidas.